"os automóveis estão invadindo a cidade, sem assunto assim eu vou a procura de algum relato, KYRIE¹ me diz tantas coisas que as vezes esqueço de saber, quer dizer, onde quer que eu esteja eu não estou na verdade nada me restou, o resto detesto e profano as perguntas por um módico discurso de manhã, alias que calor faz, meu quarto é o mais quente dessa casa, asa voa livre e eu sempre tentando entender o que não é e o que é? pois é tua pergunta, um livre fluxo, minha simples cidadezinha, o quintal de casa está sendo invadido indubitavelmente EGO SUM VOX NOX de meu povo que nada faz, ao contrario o COTIDIANO hermético e sintético de um gole bem destilado no fígado, assim entendo minha sociedade, minha vaidade, ela é o espelho de NARCISO, über alles ai vem minha fantástica viagem que fiz tão parado a padrão e sem razão, quer dizer, ser racional é o que me torna banal tão quão o sentido exato de ser tudo aquilo que condeno, que é um presságio claro e conciso de um ser prolixo que procura guardar suas magoas no passado e que não consegue viver a não ser pelos olhos dos outros, malditos que sempre me condenam então aqui faço jus ao meu ser e revido duvido e retruco, agora me resta contar para vocês aquilo que me faz jovem e novo, de novo? Jovem e novo!VIAJEI DE TREM, EU VIAJEI DE TREM, toda manha tem um ar nostálgico pela noite que passou e nada passa eu sei bem disso mas sai correndo da casa, eram umas nove horas da manhã, tantos rostos parecendo galerias em cuja necessidade é se mostrar, exaltar esse belo realizado por uma reflexão mundana dos olhos grandes da idéia, um ser, um ter, um não ter, deixo isso de lado para quem se interessa, alias que interesse simples e fantástico, tanta gente ali havia que parecia que o vagão havia se convertido em auditório ou em igreja, o maquinário começou a rodar rápida-mente-rapida, leões a me devorar, tudo rodava tudo estava, inverno-verão-primavera-outono outro-no sonho que não parava mais de ter e de deter, abrindo meu jogo e soltando meu espaço me deixei levar por aquela maquina, em que muitas almas já vagaram já ficaram e já morreram ou já viveram, porque a morte necessariamente não é apenas falta de vida, é a falta de função da vida, aquilo que nos deixa bom de novo, a franja das casas são lambrequins vaidosos a correrem pedindo-me ajuda “POR FAVOR, POR DE TRAS DOS TEUS OCULOS MILPES BATE UM CORAÇÃO ME SALVE DO TEMPO E DO ESQUECIMENTO” e eu conversando com as velhas casas, vi que era a solidão batendo em minha porta, solidão, SÓ-LHE-DÃO isso nada mais, sou capaz de relatar que os meus olhos de um MIRIM gurique eu sou de tudo no alto dos meus vinte anos, vim-te buscar a morte dir-me-á isso um dia mas tão logo a minha viagem terá chego ao fim, maldito fim, EU PREFIRO ISSO AQUI, agora é preciso coragem, olho meu rosto em um espelho de bolso viro e durmo...,...,...PASSA-SE O TEMPO,..., ...,...(.) (...)"
(Elian Woidello)
1-Kyrie: é uma musica do compositor parananese Arrigo Barnabé do disco "Missa in Memorian Itamar Assumpção"
O livro cotidiano(em um verso alogico) será lançado em 2010 trata-se de uma prosa intimista e experimental